Pedaços
Sou o fim sem o
começo...
Me sinto como a
corda bamba...
Sem poder
sequer manter
o equilíbrio do
artista.
Sou paixão
desamparada...
Procuro
apenas algo sólido,
Quem sabe o
próprio chão,
Meu porto mais
provável .
Sou os dias de
marasmo...
Mais pareço uma vida que termina.
Sou poeira,
sonho apenas com o orvalho
Pra poder enfim
pairar.
Sou o avesso da
loucura.
Quisera eu ter
posse dela...
Leão sem
dentes, sem rugido, sem clareira.
Sou uma noite
enluarada, sem um dia pra raiar...
Sou riacho sem deságue...
Vivo apenas o
enredo, de tentar assim viver...
Sou estrela que
se apaga...
Preguiçosa, se aproveita da
alvorada.
Natye Paqixão
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